Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e incluído no Calendário da Saúde do Ministério da Saúde (MS), a data é dedicada ao alerta sobre riscos de quedas para pessoas de todas as idades, mas, principalmente, as idosas.
As quedas por idosos
O aumento da longevidade e da consequente proporção de idosos na população brasileira determina a preocupação a respeito de eventos incapacitantes nessa faixa etária, sendo um deles a ocorrência de quedas, algo bastante comum e temido pela maioria das pessoas idosas por suas consequências, especialmente as fraturas.
As quedas podem ter sérias consequências físicas e psicológicas, incluindo lesões, hospitalizações, alteração da mobilidade, medo de cair novamente, restrição da atividade, declínio funcional, institucionalização e até a morte.
Atualmente, as fraturas decorrentes de quedas são responsáveis por aproximadamente 70% das mortes acidentais em pessoas acima de 75 anos. Idosos apresentam dez vezes mais hospitalizações e oito vezes mais mortes derivadas de quedas.
A queda pode significar que houve o declínio das funções fisiológicas ou, ainda, representar sintomas de alguma patologia específica
As causas das quedas
São várias as causas relacionadas às quedas, trata-se de um evento multifatorial. Há fatores intrínsecos, como a perda da massa muscular, e os fatores externos, como uma calçada irregular, um fio solto e questões de comportamento de risco, como não usar calçados adequados, abuso de bebida alcoólica e execução de tarefas complexas e perigosas, como consertar telhados sem ter condições físicas e equipamentos de segurança.
Medicamentos: Estudos demonstram que o uso de medicamentos aumentam o risco de quedas, especialmente em pacientes idosos mais frágeis ou que usam medicamentos com ação no sistema nervoso central, com causa de confusão, sonolência, tontura e outros efeitos adversos.
Condição clínica: Hipertensão arterial sistêmica, diabetes, doenças neurológicas e osteoarticulares estão entre as doenças que afetam a força muscular. Por isso, é importante mantê-las controladas com medicamentos e hábitos saudáveis.
Sedentarismo: O sedentarismo ao longo do envelhecimento é extremamente prejudicial, pois está relacionado diretamente com a ocorrência de sarcopenia, que constitui na perda progressiva de massa muscular esquelética.
Prevenção de quedas
As atividades físicas ligadas ao aumento da força, tônus muscular e que mantenha a composição corporal eficiente para a locomoção, melhorando o equilíbrio, pode diminuir a frequência de quedas entre pessoas idosas. Mobilidade física e estabilidade postural estão diretamente relacionadas a prevenção de quedas.
Algumas recomendações do Ministério da Saúde:
- • Se necessário, usar bengalas, muletas ou outros instrumentos de apoio;
• Elimine tudo aquilo que possa ser obstáculo ou provocar escorregões dentro de casa, como fios, tapetes e outros objetos;
• Instale suportes, corrimãos e outros acessórios de segurança no banheiro, na sala, nos corredores e no quarto;
• Use sapatos com sola antiderrapante, substitua os chinelos deformados ou frouxos e nunca ande só de meias;
• Instale iluminação ao longo do caminho da casa, principalmente para chegar até o banheiro.
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.