O Sinapers lutará para que esta conta não recaia sobre aposentados e pensionistas e espera que o governo estabeleça uma mesa de diálogo e negociação para ouvir os anseios do funcionalismo estadual. O déficit do IPE Saúde se tornou insustentável devido ao descaso dos últimos governos com os servidores e na gestão da autarquia.

O Plano Principal hoje arrecada R$ 1 bilhão e 500 milhões de reais, apresentando um déficit de cerca de R$ 420 milhões/ano. Mas é preciso esclarecer qual é a matriz de financiamento IPE Saúde. Mais de 60% dos vínculos do Plano Principal são do magistério, onde parte considerável já acumula uma perda inflacionária de 56%, incluindo os funcionários de escola (125 mil professores e 25 mil funcionários de escola, entre ativos, inativos e pensionistas).

A origem dos problemas do IPE Saúde está:

• Na falta de reposição inflacionária e reajuste dos servidores;
• Na inflação médica de cerca de 148% em 8 anos;
• Na dívida do estado para com o IPE Saúde de cerca de R$ 1 bilhão, entre contribuições paritárias, valores retidos de precatórios e RPVS, repasse da venda de imóveis da autarquia.

Entendemos que não é justo onerar o servidor público do estado para que banque a reestruturação do IPE Saúde e o fim da crise.

Na quinta-feira (13), entidades que compõem a Frente dos Servidores Públicos (FSP) definiram o calendário de luta unificado das categorias. Em pauta, a mobilização pela revisão geral dos salários em 2023 e a defesa do IPE Saúde público e de qualidade.

No dia 26 de abril, os servidores públicos realizarão um ato com concentração a partir das 9h em frente ao IPE Saúde e, após, será realizada uma caminhada até o Palácio Piratini.

Texto: Luciana Balbueno - Comunicação Sinapers